Muitas pessoas se confundem ao classificar os anfíbios quanto a sapos, rãs e pererecas. Esses animais possuem sim muitas diferenças que aparecem tanto na morfologia quanto no comportamento e na taxonomia.
Os sapos, em geral, pertencem à família Bufonidae e têm a aparência grosseira, de pele rugosa e geralmente com a presença de muitos grânulos. Possuem pernas curtas, que os possibilita dar apenas saltos pequenos e desajeitados. Preferem habitar os ambientes terrestres, entretanto na época reprodutiva, procuram os ambientes aquáticos.
As rãs brasileiras são representadas pela família Leptodactylidae. Essas espécies têm a pele lisa e brilhante, dedos longos e finos e pernas longas, que alcançam mais da metade do tamanho do animal e os possibilita dar longos saltos. Algumas espécies podem apresentar membranas em suas patas traseiras auxiliando no nado. Em geral, as rãs preferem habitar principalmente os ambientes úmidos próximos à lagoas.
Por fim, as pererecas são animais delicados e geralmente lentos de olhos esbugalhados. Apresentam na ponta de seus dedos ventosas (discos digitais) que auxiliam na fixação durante as escaladas. Também possuem pernas finas e longas que proporcionam saltos de até 2 metros de distância. São representadas principalmente pelas espécies da família Hylidae e preferem habitar árvores ou vegetações próximas a corpos d’água, indo para o ambiente aquático para se reproduzir.
Apesar de serem animais enojados pelos seres humanos, não apresentam perigo algum e são de grande importância para manutenção do equilíbrio ecológico, dado que participam ativamente de algumas cadeias alimentares, e podem até servir como potenciais bioindicadores tanto de locais com acentuada poluição, quanto de locais que ainda apresentam mata virgem.
Por: Juliana Borges e Deborah Praciano, membros do Nurof-UFC.
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